O Curta Pantanal Paulista foi conhecer de perto Amandaba, distrito de Mirandópolis, no interior de São Paulo. Exploramos as ruínas da antiga Estação de Trem, encontrando uma história riquíssima que, com o passar do tempo, foi sendo esquecida.
A estação, inaugurada em 1936 com o nome Machado de Melo, em homenagem ao engenheiro responsável pela obra. Foi durante décadas um dos pontos importantes da linha férrea da Ferrovia Paulista S.A, que operava as principais linhas férreas do estado de São Paulo. Transportando especialmente o café , mas também passageiros e cargas essenciais para o desenvolvimento da região.
Em 1940, passou a integrar a linha-tronco da Noroeste, por onde os trens percorriam o trecho de Bauru em direção ao Mato Grosso, transportando passageiros, cargas, combustível, máquinas e gado.
Entretanto, em 1995, o transporte de passageiros foi desativado, e, no ano seguinte, a linha passou a ser controlada pela Rede Novoeste, dedicada exclusivamente ao transporte de carga.
Aos poucos os trens cargueiros que passam quase diariamente pelos trilhos da antiga estação, levando combustível e máquinas pararam de passar por ali, e os trilhos hoje encontram-se desativados. Hoje, da estação restam apenas ruínas, mas exibe um cenário bucólico misturado com arte intervencionista, enquanto a natuteza retoma o lugar.
Quem mantém a memória viva do local é o centenário Seu Lió, de 103 anos, que cuida das árvores do Bosque Gentileza, um espaço com mais de 166 espécies de árvores que rodeiam a estação e conferem um charme único ao lugar.
Seu Lió, que antigamente gerenciava um boteco/armazém, transformou o local no famoso Restaurante Lió, onde serve uma comida caseira simples, acompanhada de histórias e lendas da região.
O carro chefe do local é a carne de porco na lata.




Uma visita à antiga estação e ao Bosque Gentileza rende fotos especiais, além de uma verdadeira imersão em um pedaço esquecido da história do interior paulista.




Fica nosso apelo para que o governo municipal olhe com mais atenção para este patrimônio, que merece uma revitalização cuidadosa, ou ressignificar o espaço com carinho, sem perder a essência histórica que carrega.
Curta Pantanal Paulista: Uma Região para ser Vivida!